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PRAZER SEXUAL CONSCIENTE E INCONSCIENTE


Desenho simbólico em forma de círculo com duas espirais simétricas conectadas por uma linha horizontal. Há um pequeno círculo central e inscrições ao redor da borda interna do círculo maior. O estilo é minimalista e lembra elementos de alquimia ou ocultismo.

Como podemos alcançar um grau superior de desenvolvimento, se estamos sempre repetindo os mesmos erros? 

A energia sexual é a energia que nos trouxe aqui, então, obviamente, é a mesma energia que pode nos servir e nos tirar daqui.


O sexo é o maior adversário dos candidatos ao Ser. O sexo é o fogo ardente, no qual devemos forjar o aço da personalidade e dos desejos no diamante da alma.


Nos órgãos sexuais encontra-se a nossa maior fonte de energia, o sexo é também nosso “calcanhar de Aquiles” — nosso ponto fraco.

Os verdadeiros sábios na arte do sexo, utilizam-se do fogo sexual apenas para forjar suas “espadas”, realizando a transmutação sexual. Eles aprenderam a transmutar o aço (energia sexual), em luz (consciência), tornando-se totalmente “resiliente” (consciente). 


Os fracos fogem da forja, e devido a fuga sofrem de ejaculação precoce, disfunção sexual, falta de libido, etc. Todas as doenças provêm da falta de energia, sendo a energia sexual nossa maior fonte.

Existem dois tipos de prazer: Consciente e inconsciente. 


– O prazer consciente nos proporciona energia, altivez, união, harmonia, saúde, paz, vida Espiritual, etc.

– O prazer inconsciente, ou inconsequente, nos proporciona sofrimento, dor, doenças, desarmonia, vida profana, etc. 


O pensamento é quem fomenta o inconsciente, é ele quem engraxa o eixo da grande roda da vida, faz isso quando repete os mesmos erros tentando obter mais e mais prazer inconsciente. O pensamento busca incessantemente o prazer inconsciente, mas odeia tudo que lhe proporcione dor, opostos de uma mesma coisa.

Não gastamos energia sexual apenas fazendo sexo (prazer inconsciente), mas também pensando em sexo. “Vocês ouviram o que foi dito: ‘Não adulterarás’. Mas eu digo: Qualquer que olhar para uma mulher e desejá-la, já cometeu adultério com ela no seu coração”. Mateus, 5:27-28.


A energia sexual quando bem direcionada, cria um campo energético ao redor do nosso corpo, imunizando integralmente nosso organismo, resistindo a um grande leque de agentes causadores de doenças. A energia sexual transmutada purifica o fogo das paixões doentias.


O ciúme, por exemplo, sinaliza egoísmo sexual, em excesso, torna-se insuportável, muitas vezes o ciumento não aceita nem mesmo que o parceiro (a), compartilhe um olhar. Sintoma declarado de paixão doentia e insegurança.


Os pensamentos luxuriosos são peças-chave da relação causa-efeito, são eles os responsáveis pelas causas de nossas doenças, sofrimentos e dores.


A libido é o fogo do desejo, a qual o ferreiro deve controlar internamente para auto lapidar-se. 

Sem o sexo, não teríamos conhecido a ciência do Bem e do Mal. O sexo é a pedra de tropeço de todo humano, é a energia que nos trouxe até aqui, e também a que pode nos salvar.


Da conexão sexual entre homem e mulher nasce uma terceira força, uma energia capaz de transformar o ser humano comum em um Ser Humano (Super-Homem). 


Na senda da vida, partimos da primeira direção, do Zênite, nessa direção a força sexual é intensamente forte, impossível não comer do fruto proibido, assim como nos comportamos sexualmente na juventude. 


Quando cometemos o delito, comendo do “fruto proibido”, descumprimos a ordem de Deus, somos “punidos” pela Lei da gravidade, descemos da primeira direção (zênite), cumpre-se assim a Lei da ação e reação, o prótilo é enviado para a segunda direção (nadir), terra ou óvulo, iniciando a criação andrógina ou dual, originando o início do dual na mente do homem. 


As inquebráveis espadas dos espadachins são as melhores, devido ao processo de fabricação que elas “sofrem”. Na fabricação dessas espadas, o aço é aquecido intensamente numa forja, até que fique aceso como brasa, e entre um instante e outro é martelado e resfriado em água fria, repetindo o processo diversas vezes. Dessa maneira o aço é submetido a um “treinamento intensivo”, até ser transformado em uma “inquebrável espada”.


Das dualidades, dos julgamentos, das repetições da vida, nos transformamos em “aço”, agora dependemos de um bom “ferreiro” para fazer a forja. O bom ferreiro é aquele que possui bastante conhecimento teórico e muitas experiências na vida, porém, isso ainda não é suficiente, ele precisa extrair o sumo dos conhecimentos, teorias, e também de suas experiências durante a forja. 


A forja acontece nas batalhas dos opostos (fogo), nas aceitações das consequências (adversidades), sem reclamar (água fria). Os melhores espadachins são os que não mais reclamam. Não reclamar é uma exigência na transformação do aço do conhecimento e das experiências da vida na inquebrável espada da sabedoria.


Os sábios compreendem as reações, sabem que tudo que acontece na vida é devido às ações cometidas por eles em um passado não tão distante, e por isso não reclamam, pois já experimentaram grandes tribulações e mudanças bruscas em suas vidas, antes de alcançarem a sapiência.


Analisar as consequências ou reações fazem parte do treinamento intensivo, são das “marteladas” que levamos na vida, que podemos nos auto lapidar, fazendo autoanálise e eliminando os pensamentos, assim alcançamos a “excelência”. 


Se realmente almejamos nos tornar uma formosa e inquebrável espada, precisamos aceitar voluntariamente as consequências, sem reclamar, sem julgar e sem justificar-se pelos erros cometidos, um processo semelhante pelo qual passa o aço quando é temperado. 


Não se prenda as coisas do passado ou do futuro, a forja acontece no presente, é no presente que as coisas realmente acontecem.


Aproveite para forjar sua espada enquanto é jovem e saudável, sua capacidade para suportar os treinamentos é muito maior. 


A forja trabalha em nós a empatia, flexibilidade e resiliência. Somos o ferreiro e também o aço, devemos enfrentar os treinamentos com vontade e alegria, aceitando a dolorosa e difícil forja, pois estamos nos transformando em uma valiosa espada e em um verdadeiro espadachim.


O objetivo de se tornar um “espadachim” não é para sair por aí lutando com as pessoas, e sim ajudá-las em suas forjas também.


A espada é um símbolo fálico, o fogo é um símbolo sexual, a forja é o ato sexual e as quedas a “água fria”. Ainda sabemos muito pouco sobre o sexo, aprendemos tão somente que ele serve para reprodução e satisfação do desejo sexual. 

Representação artística dourada de uma figura masculina e uma feminina em união íntima, sentados em posição de lótus sobre uma base floral, com fundo vermelho intenso. A imagem remete a simbologia tântrica, expressando união espiritual e energética.

Aracides Montreal Maciel 

Apresentação do livro “As sete direções”, com adaptações.

 
 
 

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